"The range of what we think and do is limited by what we fail to notice. And because we fail to notice that we fail to notice there is little we can do to change until we notice how failing to notice shapes our thoughts and deeds." (Ronald D. Laing)
quarta-feira, dezembro 18, 2013
terça-feira, novembro 26, 2013
warriors, fighters, wrestlers. tu.
Today you were far away
What could I say
I was far away.
You just walked away
and I just watched you
What could I say
Tonight you just close your eyes
and I just watch you
slip away...
(it was a hell of a fight.
now you rest kid'o.)
now you rest kid'o.)
segunda-feira, novembro 11, 2013
resiliência
«Da primeira vez que fui preso, como me negasse a prestar declarações, algemaram-me, meteram-me no meio de uma roda de agentes e espancaram-me a murro, pontapé, cavalo-marinho e com umas grossas tábuas com uns cabos apropriados. Depois de me terem assim espancado longo tempo, deixaram-me cair, imobilizaram-me no solo, descalçaram-me sapatos e meias e deram-me violentas pancadas nas plantas dos pés. Quando cansados, levantaram-me, obrigando-me a marchar sobre os pés feridos e inchados, ao mesmo tempo que voltavam a espancar-me pelo primitivo processo. Isto repetiu-se numerosas vezes, durante largo tempo, até que perdi os sentidos, estando 5 dias sem praticamente dar acordo de mim. Desta vez não fui sujeito aos mesmos processos. Mas estou em condições de comparar, avaliar e aqui dizer que um ano de isolamento não é menos duro que os referidos tratos. Não há, pois, qualquer exagero ao dizer que o referido regime de isolamento é uma nova forma de tortura.» (Intervenção de Álvaro Cunhal no seu julgamento no Tribunal Plenário, de 2 a 9 de Maio de 1950)
«Trabalhei sempre muito, estudei muito, a atividade política teve sempre uma grande intensidade, mas não gostava que fosse só isso a vida. E, por isso, estar por exemplo a comer e a falar de política, levantar e falar de política, ir para casa para junto dos filhos falar de política, para a mulher falar de política, para a avó falar de política, para o tio falar de política - não, isso não gostava nem gosto. A par do trabalho político intenso, gosto de um convívio livre e descontraído sobre as coisas simples da vida, do valor das pequenas coisas.» (Cinco conversas com do Álvaro Cunhal com a Catarina Pires, Abril de 1999)
(admiro os homens que não se perdem pelo caminho.)
quarta-feira, novembro 06, 2013
runners understand each other
“I’ll be at the back of the pack, but I don’t mind,” she said. “I just praise the Lord I can get out of bed each morning and run. A lot of people my age are in wheelchairs.”
“I always say I’m going to run until I drop,” she had said then. “I’m going to die in my tennis shoes. I just don’t know when I’m going to quit.”
"I've told my friends if I die here on this track do not call 911 because I do not want to be revived," she says in the middle of two-hour workout. "I say, wait a half an hour, maybe 45 minutes, then call the mortician. That's the way I want to go."
(and so it was. bless you M'am!)
domingo, novembro 03, 2013
The Odds of Finding Life and Love*
sally: He will hear my call a mile away. He will whistle my favorite song. He can ride a pony backwards. He can flip pancakes in the air. He'll be marvelously kind. And his favorite shape will be a star. And he'll have one green eye and one blue.
gillian: Thought you never wanted to fall in love.
sally: That's the point. The guy I dreamed of doesn't exist. And if he doesn't exist, I'll never die of a broken heart.
gillian: Thought you never wanted to fall in love.
sally: That's the point. The guy I dreamed of doesn't exist. And if he doesn't exist, I'll never die of a broken heart.
*: daqui.
quotes: Practical Magic (1998)
segunda-feira, outubro 28, 2013
quinta-feira, outubro 24, 2013
Of Ants and Men #1
haja democracia. e livre circulação na União Europeia!
... hmmm... e haja recados!
(aposto, quase que aposto, que esteve uma vida inteira à espera que lhe fizessem esta pergunta.)
quarta-feira, outubro 02, 2013
terça-feira, outubro 01, 2013
virar o disco e não tocar o mesmo
"I don't understand why Europeans and South Americans can take more sophistication. Why is it that Americans need to hear their happiness major and their tragedy minor, and as jazzy as they can handle is a seventh chord? Are they not experiencing complex emotions?" (Joni Mitchell)
sofisticados? nós? a sério?! porque tenho a mesma questão: mas não há condescendência com a complexidade? não há pensamento independentemente dos lados de uma barricada?!
ui, parece que há: ao invés de serem os "independentes" a moldarem-se à forma da caixa dos partidos, passam os partidos a apoiar os independentes. a sério?! não pode. basicamente, é pegar no disco e tocá-lo ao contrário (que é o mesmo que dizer: umas vezes corre bem, outras nem tanto).
não sei se é uma sofisticação, mas quero acreditar que é, pelo menos, uma inovação. quase quase como passar de procariontes a eucariontes! oba.
(evolução: nos aguardji!)
(evolução: nos aguardji!)
segunda-feira, setembro 30, 2013
terça-feira, setembro 24, 2013
frases que um atleta às vezes ouve de passagem (i)
- se fosses sachar batatas...
(era.
isso e estercar as terras. parece que estamos no mês para isso.
não é que ainda não me tenha passado pela cabeça. e promovido em mim algum sentimento enaltecido de orgulho pela possibilidade futura de comunhão com a mãe natureza. mas depois páro. e, geralmente, reconsidero.)
não é que ainda não me tenha passado pela cabeça. e promovido em mim algum sentimento enaltecido de orgulho pela possibilidade futura de comunhão com a mãe natureza. mas depois páro. e, geralmente, reconsidero.)
quinta-feira, setembro 19, 2013
há a mais velha profissão. e depois há também a mais velha pergunta.
(he) - ooh, but if you can explain it all strictly in gender terms, why do you, why does any woman waste time getting mad at or bother trying to change a man?
(friend) - exactly, it's all biology. what is the problem?
(she) - and you are so so good at turning things around... i mean like: you're a genius!...
(he) - oh no, no. I am just saying is like being pissed at a frog for being green.*
*(Before midnight, 2013, Richard Linklater)
sexta-feira, setembro 13, 2013
domingo, julho 21, 2013
replace fear of the unknown with curiosity
o tanas.
deixa-o estar, ao fear do unknown, bem sossegadito que algum propósito há-de ter. por mero e casual exemplo, fazer com que nos remetamos ao essencial (i.e. a 5 artigos e mais um ou outro) para escrever uma tese. já a damn curiosity, por querer saber mais isto e, se puder ser, ainda mais aquilo e aqueloutro, além de não dar cabo do unknown, o que nos faz é perder a cabeça, a paciência e - pior que tudo! - o tempo no meio dos milhões de artigos da pubmed.
quinta-feira, julho 18, 2013
segunda-feira, julho 08, 2013
birras (ii)
para além de sovina, ainda é cabra. a cerveja no nosso país não tem vergonha na cara.
(deve ter motivos para isso. oba!)
sexta-feira, junho 28, 2013
domingo, junho 16, 2013
em delírio
desde que descobri que há uma great song inspirada num favorite book.
(o conhecimento a mim chega-me sempre com décadas de atraso. quando toda a gente já viu, reviu, entrou em histeria, teve convulsões, reanimações, deu palestras, desenrolou toda a sua vida com base nisso, e se cansou, de tão batido que estava, chego eu à festa, fresquíssima. depois, completamente out of time, extasio-me.
mas, pronto, eventualmente chega.)
mas, pronto, eventualmente chega.)
sexta-feira, junho 14, 2013
uma vez ou outra quando o autocarro passa na paragem do hospital
há algo de extremamente romântico, comovedor e, de certa forma, abrupto, em ver um homem - de escalpe luzidio, barriga a saltar da calça, em robe de seda e chinelo de flanela - a apanhar flores com a maior candura no meio dos canteiros da portaria.
(é de fazer crer que não há limites para o pudor humano. oba!)
segunda-feira, junho 03, 2013
'nada se perde, nada se cria, tudo se transforma.'
do tempo em que corríamos ao campo, pelos caminhos de amoras, giestas e silvas,
em que as procurávamos, uma a uma, dispersas nos lameiros verdes e frescos,
as macelas, macelinhas, daquelas mais miudinhas, daquelas mais amarelas...
hoje cobrem-te a campa.
felizes, nós, que cremos em Lavoisier.
(parabéns, avó, pelas memórias.)
quarta-feira, maio 29, 2013
quinta-feira, maio 23, 2013
Wie geht's? (*Como estás?)
- es geht. (*vai-se andando)
não, diz-me ele, corrigindo. não, não e não. não podes responder assim: é de mau tom, revela falta de maneiras, má educação. dizer uma coisa assim, imprecisa, morna, deslavada, coaje o outro a ter que se interessar pela tua vida, a perguntar: então, diz láaaa, afinal que se passa?... e não pode ser. há que não importunar o outro. há que omitir, encobrir, enfeitar. encurtar a resposta para que possamos todos coexistir com um belíssimo sorriso amarelo empunhando triunfantemente o livro de etiqueta nas mãos. para que possamos manter uma convivência morna mas extensa e sem azias, sem emoções, sem extremismos desnecessários. em sociedade. isso, nem que nos estejam a sair as tripas pelo buraco do umbigo.
como? para poupar os outros, disse? os outros que quê - para a próxima segue um entusiástico
- sehr gut! exzellent! wunderbar! (* muito bem! excelente! espetacular!) -
mas é para me poupar a mim que ando sem paciência para dar explicações.
segunda-feira, maio 20, 2013
intervenção divina. isso Ou genealógica.
foto: íman de frigorífico da sô dona m.m.g. |
ah não, espera!, - parece que este ano foi mesmo o Jesus. malandreco.
(post dedicado com muito fervor à FJ, encéfalo-mor da espiral medula)
quarta-feira, maio 15, 2013
Do you have advice for young scientists?
"Be clear
with yourself about what exactly you want to do in the long term. Know
how you want to affect the world and what you are passionate about.
Ignore boundaries and pursue what you want most to do.",
says Laura Deming, aged 19, a bright, motivated and passionate scientist.
and for the old ones, do you have any?
segunda-feira, maio 13, 2013
sexta-feira, maio 10, 2013
Cheshire cat (i)
"Vem por aqui" — dizem-me alguns com os olhos doces
Estendendo-me os braços, e seguros / De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui!" (...)
hmm,
Eu olho-os com olhos lassos, (...)
E cruzo os braços, (...)
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
Sei que não vou por aí!
isso!
but god damnit, man! you're not leaving me many chances.
segunda-feira, maio 06, 2013
‘Are you still an effective team?’,
says Sally*, in a brilliant Texas accent and with an enthusiastic smile. o presidente do Conselho Europeu deve ter visto o filme recentemente também:
«Rompuy elogiou o comportamento de Portugal nos últimos dois anos. O país "é um bom exemplo" pelos resultados alcançados no "trabalho que tem sido feito nas finanças públicas e na implementação de reformas", disse. "O mais importante é mantermos o nosso rumo", vincou, defendendo mesmo que isso é "imprescindível para a credibilidade" externa dos países. Até porque, "se formos bem-sucedidos, a crise acabará por nos tornar mais fortes". Foi, aliás, esse bom comportamento que permitiu que os credores internacionais alargassem o prazo para o pagamento da dívida portuguesa há algumas semanas (...).»**
«Rompuy elogiou o comportamento de Portugal nos últimos dois anos. O país "é um bom exemplo" pelos resultados alcançados no "trabalho que tem sido feito nas finanças públicas e na implementação de reformas", disse. "O mais importante é mantermos o nosso rumo", vincou, defendendo mesmo que isso é "imprescindível para a credibilidade" externa dos países. Até porque, "se formos bem-sucedidos, a crise acabará por nos tornar mais fortes". Foi, aliás, esse bom comportamento que permitiu que os credores internacionais alargassem o prazo para o pagamento da dívida portuguesa há algumas semanas (...).»**
sujo, exausto e impaciente, o País quer perceber o que diz o presidente. quer saber como pode ele responder às suas preces, às suas questões, às suas dúvidas. quer tomar o microfone nestas visitas de quando a quando. mas o presidente, ou os senhores da troika, ainda que pareçam falar ao povo, não falam verdadeiramente para o povo:
Vicka* a.k.a. Passos Coelho e o seu executivo tomam o microfone: Another day in paradise, Sally.
«Porêm», avança o Sr. Rompuy (Sally), sem querer pintar as coisas em demasia, «há ainda um longo caminho a percorrer. os "ajustamentos são difíceis, demoram muito tempo até parecerem fazer efeito" e é preciso "coragem política", avisou, mesmo que as sondagens mostrem que o Governo é cada vez menos querido pela população. Essa é, aliás, uma situação que Rompuy desvaloriza. "É tempo de coragem política e muitos líderes, tal como os do vosso país, mostram coragem. Estão convencidos que tem que ser como agem. E é assim que tem que ser.»**
Vicka* suspira, ou Passos Coelho e o seu executivo suspiram (, o País expira). mas compõem logo o seu melhor sorriso enquanto se dirigem ao País:
Only two more weeks (como quem diz, anos), Jack (O País), and we can finally leave and join the others. Please, don't take any chances...
(shouldn't we? que eles estão convencidos percebo eu. mas, muito infelizmente, a fé não parece ser um bom indício de razão. pensar que ainda por cima as premissas da fé se podem basear em erros de cálculo, é tirarem-me outro pedaço de tapete. chegar a ponderar a ideia de alocar as esperanças na fatia política oposta, que foca as preocupações na cavalgada sobre o governo, é permitir um gancho nos queixos; enquanto que idealizar que as medidas (ainda que enaltecíveis), propostas por uma facção que ainda crê que o comunismo é operacionável, poderiam chegar para cobrir a dívida que nem uma tonelada de ouro europeu cobre, é oferecer a face a um valente soquete esquerdino.
who should we trust then? No one, someone whispers. é o knock out - e arrumam comigo de vez.).
* Oblivion (2013)
quinta-feira, abril 25, 2013
conquista
- Eu disse-lhes: «já estou farto. soltem-me, se não mato alguém e mato-me em seguida...».
Depois disso, puseram-me em liberdade.
- E o Teo Manzin? escreve versos?
- Escreve. Não posso compreender - disse ele, abanando a cabeça. - ele é um canário ou quê? puseram-no na gaiola e ele canta.
(A Mãe, 1907, Máximo Gorki (Максим Горький))
segunda-feira, abril 22, 2013
reconciliação, Ou 'i said what i said but'.
não aguentei. ontem, passadas quatro semanas sobre o pedido de divórcio, fui vê-lo. estava à espera de uma agressividade irritada mas sem foco definido, de alguma atitude mais infantil, não sei, de um desleixo instalado, de um desespero corrosivo que o fizesse perder o rumo. mas não.
bati de mansinho à porta - acho que não estava à espera de me ver - e surpreendeu-me: boa cara, fresca, com pose enérgica e vigorosa. a mostrar vontade de dar a volta por cima - bem melhor do que o supus.
dei-lhe o beijo e saí. sentei-me na bancada. olhei os outros, olhei-o a ele, o jeito de pentear o cabelo, os movimentos, a forma como ajeitava as meias. olhei-o comparativamente a todos os outros. um pouco jovem talvez, pensei, mas confiante. e, pela primeira vez em muito tempo, senti uma faísca de paixão. como se o acender de uma labareda. acontecesse o que acontecesse, ia levar-te para casa depois. o rapaz lutou e foi bravo. mas a vontade não foi suficiente.
fui vê-lo no fim. olhou-me com ar feroz, magoado e insatisfeito, mas sem dar o braço a torcer, e assim esteve durante algum tempo - forte, intransponível, como um muro de pedra. depois, tremeram-se-lhe os joelhos, e desabou.
então, estendi-lhe a mãozinha, e disse:
- anda cá amor, vem chorar no meu colinho.
(i'm yours, baby. é que, por mais que tente, nem há volta a dar-lhe.)
terça-feira, abril 16, 2013
domingo, abril 14, 2013
usar o pé, ir a pedantes, esticar o pernil para o dobrar de seguida, exercitar a pernoca vírgula o pé vírgula e o resto (ii)
what people make me feel like when they offer me a ride and I say I prefer to walk instead.
(e segue isto como homenagem ao gif.)
quinta-feira, abril 11, 2013
'The distance between insanity and genius is measured only by success'.
Jardins da Gulbenkian, Lisboa. imagem, com entrevista, daqui
"O arquitecto paisagista Gonçalo Ribeiro Telles foi esta quarta-feira
distinguido com o Nobel da Arquitectura Paisagista, o Prémio Sir Geoffrey Jellicoe. (...) Gonçalo Ribeiro Telles (...) espera que chame a atenção para muitos dos problemas que o levaram a receber o prémio: "problemas que têm preenchido a minha vida e que eram entendidos como utopias.” Depois, ri-se, e diz que o prémio é uma “couraça”, uma defesa que lhe vai permitir continuar a dizer o mesmo, agora com reconhecimento internacional."
quinta-feira, abril 04, 2013
blasfémia. ou premonição?
"Condenadme, no importa, la historia me absolverá."
Fidel Castro, 16 de Outubro de 1953, Santiago de Cuba.
"Só a história julgará, com a objectividade e a distância temporal indispensáveis, a acção de cada um de nós."
Miguel Relvas, 4 de Abril de 2013, Lisboa.
(foi de propósito?!)
(a História. aquele pedaço de conhecimento factual feito por pessoas objectivas... exacto. não, a História nem sempre absolve. julga sim, à sua maneira: corrige, sublinha, esquece, acrescenta. às vezes revela, mas só o que lhe foi dado a ver. é mais ou menos como as leis: não se livra nunca dos erros de interpretação.)
domingo, março 31, 2013
terça-feira, março 26, 2013
segunda-feira, março 25, 2013
eu e o meu clube vamo-nos divorciar
pronto, chega, acabou, basta. depois de muitas noites a pensar no que dizer, se as coisas são mesmo assim, a torturar-me com as consequências, vou respirar fundo, sentar-me no sofá, agarrar-lhe na mãozinha esverdeada e doente, e dizer: Amor, já não dá, tem que ser, vamo-nos fazer este favor? que já não comunicamos, que eu já não sei dele, nem ele de mim. que tantas vezes ele tem jogos e eu já nem acompanho. mas pior que isso, já não sinto a falta de acompanhar.
ele, numa inércia impensada de quem está prestes a perder algo, virá talvez com a conversa que Agora é que vai ser, agora é que vai mudar, que já não é o mesmo. e eu pensarei para mim, É talvez uma hipótese. mas vá, depois de tanto gira o disco e toca o mesmo, muito pouco provável.
e chamar-nos-ei à razão, Não amor, não pode ser, vai ser melhor para os dois. tu repara: há quanto tempo não vibro eu com uma vitória tua? há quanto tempo não me fazes vibrar com uma vitória tua? sinto falta de vibrar com as coisas. sinto falta de sentir o estômago embrulhado e de ficar doente por tua culpa. de ficar anestesiada, perdida no tempo e no espaço, e de me extasiar só porque marcaste um golo. afinal, vivemos já cada um para seu lado, a dormir cada um em sua cama, sem sentir falta do corpo um do outro. e, vistas bem as coisas, tu, neste momento, nem sabes que eu existo. somos na realidade já independentes, só não o queremos admitir. está na altura de tentarmos uma coisa nova, e de nos apaixonarmos outra vez.
então ele, reflectindo sumariamente no passado, e já com a possibilidade renascida de um futuro carnavalesco, respirá de alívio. e sei que, com a nova etapa que se avizinha, cheia de rostos frescos, beneficentes, confortados e vigorosos, depressa me esquecerá.
então ele, reflectindo sumariamente no passado, e já com a possibilidade renascida de um futuro carnavalesco, respirá de alívio. e sei que, com a nova etapa que se avizinha, cheia de rostos frescos, beneficentes, confortados e vigorosos, depressa me esquecerá.
(porque os casamentos não são para sempre, ou não têm que ser, a minha relação com o meu clube também não é vitalícia. era o que mais faltava. quando se esfuma a chama da paixão, há que reconhecer. talvez reatemos um dia, quem sabe. neste momento, sei só que não estou para isto.)
terça-feira, março 19, 2013
falsos amigos
se eu for ao meu computador, seleccionar uma pasta - A - com, digamos, 500Mb, copiar para outra pasta, e impaciente, antes desse processo terminar, começar a copiar outra pasta - B - de 1Gb, verifico que:
o tempo que demoraria a copiar a 'pasta A', mais o tempo que demoraria a copiar a 'pasta B', se for feito numa sequência de acções - primeiro um, depois o outro - é infinitamente inferior ao tempo que acaba por demorar copiar a pasta A e a pasta B ao mesmo tempo, isto é, paralelamente.
(evidentemente, isto tem a ver com o tamanho das pastas. uma pasta de 20Mb, que demora 5 seg a ser copiada, nem me dá tempo de ir seleccionar a outra pasta e pô-la a ser copiada...)
ora, ponho-me a pensar:
se eu conseguisse perceber o que leva a que os tempos conjuntos da cópia das pastas seja superior aos tempos separados da cópia das mesmas,
talvez conseguisse perceber porque é que eu, na minha vidinha em geral, quando tento fazer duas coisas ao mesmo tempo, paralelamente, acabo sempre por demorar mais tempo do que se me desse a paciência e decidisse fazer as coisas sequencialmente.
-.-''
o tempo que demoraria a copiar a 'pasta A', mais o tempo que demoraria a copiar a 'pasta B', se for feito numa sequência de acções - primeiro um, depois o outro - é infinitamente inferior ao tempo que acaba por demorar copiar a pasta A e a pasta B ao mesmo tempo, isto é, paralelamente.
(evidentemente, isto tem a ver com o tamanho das pastas. uma pasta de 20Mb, que demora 5 seg a ser copiada, nem me dá tempo de ir seleccionar a outra pasta e pô-la a ser copiada...)
ora, ponho-me a pensar:
se eu conseguisse perceber o que leva a que os tempos conjuntos da cópia das pastas seja superior aos tempos separados da cópia das mesmas,
talvez conseguisse perceber porque é que eu, na minha vidinha em geral, quando tento fazer duas coisas ao mesmo tempo, paralelamente, acabo sempre por demorar mais tempo do que se me desse a paciência e decidisse fazer as coisas sequencialmente.
-.-''
sábado, março 16, 2013
febre (iii) ou The Most Amazing Documentary Ever Made About Bees
one small (fahrenheit) degree for the bees, one giant one for the hornets.
(fascina-me a febre. o controlo da febre, o descontrolo da febre. e a extensão deste processo a todos os outros processos de sobrevivência do organismo.
repare-se como as abelhas fazem subir a temperatura do seu corpo para neutralizar um agente infeccioso. no caso delas, externo ao corpo, mas interno à colmeia. no nosso caso, de forma semelhante, primeiro externo, depois hospedeiro. em ambos, a subida da temperatura, se não gradualmente controlada, pode ser fatal.
ora, o corpo sabe o que faz, supostamente. o corpo reage e sobe a temperatura ao ponto de matar o inimigo. mas, numa lógica evolutiva dos mecanismos de sobrevivência, o que é que o faz perder o controlo e permitir que ele se mate a si mesmo?)
repare-se como as abelhas fazem subir a temperatura do seu corpo para neutralizar um agente infeccioso. no caso delas, externo ao corpo, mas interno à colmeia. no nosso caso, de forma semelhante, primeiro externo, depois hospedeiro. em ambos, a subida da temperatura, se não gradualmente controlada, pode ser fatal.
ora, o corpo sabe o que faz, supostamente. o corpo reage e sobe a temperatura ao ponto de matar o inimigo. mas, numa lógica evolutiva dos mecanismos de sobrevivência, o que é que o faz perder o controlo e permitir que ele se mate a si mesmo?)
sexta-feira, março 15, 2013
febre (ii) ou Ontem foi como ter ido ao ginásio
porque a julgar pelas dores que tenho nos abdominais devo ter malhado e bem. ou então malhou a gripe em mim, enquanto eu quietinha lhe dizia, Oh por favor deixa-me estar aqui sossegadinha, mas ela entusiasmada insistia para o meu bem, Vá só mais um, e Atchim, lá chegava eu com o nariz quase à ponta dos pés, Crof Cooof, lá se levantava abruptamente o meu dorso num movimento concertado de esforço abdominal. enfim, um sucesso. nada como ter uma personal trainer 24h encima de nós. porque se hoje não tenho os abdominais delineados, pelo menos sinto-os delineados.
(que ginásio, que dietas, que quê: nunca vi ninguém perder tanto peso, gastar tanta energia e manter-se tão hot hot como quando está com as síndromes. só é pena ficar um pouquinho cadavérico, mas vá, também não se pode ter tudo.)
terça-feira, março 12, 2013
terça-feira, março 05, 2013
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