quinta-feira, setembro 28, 2006

Tenho a cabeça um estoiro...

Porquê porquê porquê?
Há tantas coisas que hão-de ficar sem resposta. Tantas coisas que nunca poderemos mudar, porque foi assim que aconteceram. Tantas coisas - que nem sabemos bem porquê -mas aconteceram...
O pior é que eu pensava que aprendíamos. Não digo para sempre - não, já não digo. Só digo aprender um pouco melhor. E ao menos o mesmo erro não voltar a cometer.
Fazer as coisas com o nosso maior esforço, para ganhar mesmo! E não somente para despachar... :/
Dizem que o Mourinho é um arrogante. Porquê? Acho que no fundo não estamos habituados alguém a ter amor próprio quando é realmente bom naquilo que faz. Chamem-lhe o que quiserem, pois eu cá admiro-o. E sabem porquê? Porque ele é egoísta quando pensa no que deve fazer. Não está cá com cedências! Quando queremos uma coisa bem feita temos mesmo que cagar (desculpem o termo mas é mesmo assim) para o resto. Temos que nos meter de corpo inteiro naquilo! Ou então digam adeus. Porque se não for para ganhar... não vale mesmo a pena aquele tempo que ali empregamos. Aquele tempo sem sabor nem paixão...
Ou amamos e damos tudo, ou então esqueçam. Como dizia mais ou menos o outro, coisas mornas não aquecem nem arrefecem... :/
Por isso, se querem um conselho, apaixonem-se em cada instante pelo que fazem, e dêem tudo o que podem dar. O resto haverá tempo para ele, mais tarde. Ao contrário, haverá sempre o peso na consciência do que não cumprimos, e esse resto não vai saber a nada. Insonso talvez... coisa morna.

E porquê porquê porquê...
Há respostas que nunca terei. Só dúvidas nesse maldito para sempre que só acaba numa cova ou, na melhor das hipótese, num oceano imenso... Há coisas que nunca saberei. Acho que vou ter que me perdoar e aceitar as consequências. Mas é difícil!:/
Acho... E então, depois de me empenhar para ganhar esse perdão e resolver comigo essa mágoa, então sim seguir para o resto.
Então sim, seguir em frente.

12:44 28/09/2006

segunda-feira, setembro 04, 2006

Se ensinar é dar para sempre...

Todos as noites quando me deito, acredito sempre que o amanhã será melhor. Que tudo o que eu prometi hoje... a mim mesma... e não fiz... amanhã será diferente. Amanhã será possível...
Jà houve tempos em que deixei de acreditar.
Eu sei que sempre que prometo... é só mais uma desilusão que dou a mim mesma. Por isso, prometer era apenas mais uma daquelas frase que se dizem, tipo "Bom dia" e "Tudo bem?" e que não esperam resposta.
Só ilusão de rotina...
Mas o que mais me magoa nisto tudo nem é eu prometer e dar palavras ocas a mim mesma. O que mais me magoa é não conseguir sair dessa rotina, mesmo quando acho que finalmente aprendi.
Todas as vezes que bato no fundo, que me enrolo contra o chão frio, que choro perdida (ou nem choro porque já nem consigo chorar...), todas as vezes que cansada me deixo arrastar, que desepero e me enfureço e grito contra mim e quase que me apetece...! todas essas vezes eu prometo que vai ser diferente. Que amanhã não vou fazer o mesmo, porque não quero sentir tudo outra vez, Não quero!
E então acho que foi desta que aprendi!...
Mas então levanto-me, e há os "bons dias" pelo meio... e eu sei que as promessas têm muito que se lhe diga, e que o sol corre e o tempo passa. E que eu fico perdida no meio.
E então vejo que ainda não aprendi...

Eu sei, eu sei que temos que lutar todos os dias; prometer e voltar a prometer, e voltar e voltar... até nos convencermos que é uma promessa mesmo. E que as promessas são para serem cumpridas. Ou então não devemos prometer.
Eu sei.. E sei que não posso deixar de acreditar. Ainda que eu o Mundo e o Tempo andemos à paródia num jogo de estalada...
Ainda há-de vir aquele abraço... nem que no dia em que a Terra me abrace primeiro...
Eu sei que o Tempo não desiste de mim, e que me tenta ensinar todos os dias.
Quem sabe se afinal já não aprendi...
Tudo na vida precisa de ser rodado e usado para não ser esquecido, para não enferrujar... E aprender é lutar todos os dias, em cada instante. Levantarmo-nos outra e outra vez, por mais quedas que demos...
Por mais que nos pisemos a nós, é mudar as coisas e reencaixá-las.
É pintar tudo de novo outra vez.

E acredito que é nesta luta que nos construímos. E que a vida se torna mais que um mero recolher de aprendizagens que inscrevemos e praticamos...
automaticamente.

Afinal, o que seria de nós...
... se aprender fosse receber para sempre?

4.09.2006 19h (e um conjunto de instantes)