quinta-feira, dezembro 07, 2006

Disparates disparados...

Bem, alguém me lançou um desafio e eu ainda não fiz.. ups! ;)
Só pa dizer q eu conto as minhas manias! (sim, eu gosto de contar e de fazer de ridícula.. :P) mas não vou perpetuar o ritual. Isto é, não vou desafiar ninguém ou nomear sucessores, visto que isso quase me parece aqueles intermináveis emails que volta e meia se mandam "Manda isto a 294 pessoas senão morres amanhã." Olha, se morrer aposto que não foi o senhor do blog que se vingou! Ou até foi... e não foi afinal a tal alma penada que vive de bits e de bytes (se é que se pode perceber "dentadas" nos orçamentos nem sei de quem... - bites=dentadas)...
Nada contra ti minha linda, mas estas coisas em cadeia têm muito que se lhe diga. E eu resolvi fazer birra. Pronto. E como diz a outra, "I have the right to be wrong".

Hoje faço o que me apetecer. Inclusivé disparates. (Esquece...)
Beijão pa ti;) E até Fevereiro;*

19:11 06.12.2006

sexta-feira, novembro 24, 2006

(H)Our (of) [Self-] Destruction II

É irónico saber que para além de toda a destruição psicológica a que nos acometemos, o nosso próprio organismo – orientado para a sobrevivência – é capaz de se auto-comandar para a destruição.
Existe um conjunto de doenças denominadas de auto-imunes, mas recentemente fiquei sensibilizada para a síndrome de Guillain-Barré. Parece uma coisa simples e inofensiva talvez, mas uma pessoa pode morrer. Ponto. Tudo porque o sistema imunitário do próprio decide sinalizar como inimigo as suas próprias células, como resposta a um ataque exterior agudo. Ora, visto que em questão está a mielina em torno dos nervos periféricos (incorporados no Sistema Nervoso Autónomo) bem como esses mesmos nervos, todas aquelas funções automáticas (que muitas vezes nem damos conta que existem) são postas em causa e de um momento para o outro o nosso coração pode parar.
Para mim, o trágico é pensar que não é nada de fora que me destrói, como um monstro qualquer, uma bactéria talvez, ou um vírus horripilante. Não, somos nós. Nós próprios. E quando é assim, quando temos amigos destes, inimigos para quê?...
2006-11-24, 0:03

Correr é superar

Dizem que devemos lutar todos os dias – lutar contra o mundo, contra os outros e contra os que existem cá dentro.
Luta para nos erguermos novamente, por mais que um mundo nos caia encima. Não parar de lutar.

Eu sei, eu sei… Só que eu nunca fui muito de lutar. Sempre preferi resistir.
Naquela pista e naqueles anéis eu preferia correr para sempre, a correr contra os outros. Talvez porque soubesse, ou acreditasse…, que correr contra os outros não valia a pena….
Então, só correr. No games, just sport.

Gostava de sentir todo o cansaço até não poder mais, de saborear na garganta o esforço, de sentir os músculos presos… e resistir resistir sempre. Até que aquilo se tornasse andamento, que fosse força de hábito e prosseguisse sem mim.
E então, naquela última volta, dar tudo! Não sei, mas sempre me pareceu que nesse momento iria voar, tanto que o mais difícil era parar.

[Correr por paixão. Sentir esse vento na face, e nos cabelos atados fio a fio como o fio da meada que não perdemos na vida… Passo atrás de Paço, e passada na corrente da ponte metálica. E saber que o Rio corre também, connosco.
(A propósito dessa Ponte: tive pena que o trabalho adiado fosse barreira para não saltar… Tive pena que os passos corridos desse dia não fossem juntos com outros, e com o cansaço que nos faz viver. Tive pena… :/ )]

Eu sei, também sei que me perguntam: Correr porquê?
Mas eu sei. Todos os dias da minha vida parece que me arrasto, que tudo quanto faço é incompleto e que podia dar tanto mais… Pareço que não me empenho, que as coisas saem sem jeito – sem ordem nem paixão. Mas quando corro, quando corro o sabor torna-se outro. Porque corro corro corro. Corro até mais não (Ok, podia correr mais meia hora – porque podemos correr sempre mais – mas foi aquele tempo que eu marquei, e sei que o consigo levar até ao fim…).
Ali o esforço é físico, mas aqui… Aqui as coisas são sem meta. E acho que resistir aqui é trabalho de muita concentração. Que pena quando nós próprios somos a nossa derrota, e quando nos acometemos à derrota muito antes de entrar em campo. Como dizia o outro, Falhar na preparação é preparar-se para falhar… Que pena quando não acreditamos em Tudo o que temos cá dentro. Que pena quando interiorizamos as merdas a que os outros nos acometem… e como depois passamos a fazê-lo sozinhos, como meninos bem-ensinados…

Eu quando corro sei porque corro – porque sou livre e corro até ao fim, até cansar todo este cansaço… Até me sentir viva e o coração bombear forte.
Eu quando corro sei que não posso dar mais – porque não temos asas e não podemos voar.
Então, correr é chegar à meta a que nos propusemos, e superar os nossos limites. Ao menos que fosse assim em tudo o resto na minha vida…

15:47 10.10.2006

terça-feira, outubro 17, 2006

(H)our (of) destruction

(...)todos os corpos são "preguiçosos" e não desejam modificar seu estado de movimento: se estão em movimento, querem continuar em movimento; se estão parados, não desejam mover-se. Essa "preguiça" é chamada pelos físicos de Inércia e é característica de todos os corpos dotados de massa. (Wikipédia)

Há uma letra cantada pelo Ronan Keating de que gosto muito. Fala das escolhas que podemos fazer. Fala de desistir e voltar a tentar. Fala de tudo o que está à nossa volta e que nós não escutamos ou deixamos passar. Fala do que não queremos ver quando temos raiva do mundo e é essa a nossa escolha - achar nele desculpas para não voltar a tentar.
E fala da esperança que não podemos perder - da minha e da tua.
When you get the choice to sit it out or dance...

Há noites em que o escuro sopra aqui na minha face e eu não páro, ou não (re)começo. Em que tudo é inércia por preguiça de mudar talvez... por arrastar e deixar que tudo continue como estava.
Pergunto-me porque temos momentos em que simplesmente nos deixamos destruir, e em que o corpo é mais pesado que a vontade...
Pergunto-me o que sei que não tem nunca resposta definitiva. Que não tem nem resposta única. E ter que lutar contra isto a todo instante, contra esta inconsciência de não mudar nada - porque é sempre mais fácil manter as coisas... - cansa...
Cansa este receio não sei do quê. Talvez de nos confrontarmos connosco mesmos e com a nossa incapacidade de realmente ir ao encontro daquilo que queríamos.
É sempre tão mais fácil não pensar, não questionar... não querer saber. Deixarmo-nos arrastar nos momentos, nos lugares. Não mudar o caminho, enfiarmo-nos no mesmo autocarro de sempre e deixar que nos levem.
É sempre tão mais fácil dormir. Ou ficar sentado sem consciência em frente a uma TV que nos mostra outra vida qualquer que não a nossa. A nossa enfadonha vida nossa de que não nos cansamos (como cansar, se não implica esforço? :/)...
Como esta falta de luta, esta preguiça aprendida, este conforto arrepiante de não mexermos uma palha! esta vontade (... que raio de vontade...) de não levantar, de permanecer sentado a ver passar... como nos destrói e limita. E como é horrível ver assim o tempo. E o vazio.

So, i really really hope... I hope that When you get the choice to sit it out or dance...

I hope you dance.

15:36 17.10.2006

quinta-feira, setembro 28, 2006

Tenho a cabeça um estoiro...

Porquê porquê porquê?
Há tantas coisas que hão-de ficar sem resposta. Tantas coisas que nunca poderemos mudar, porque foi assim que aconteceram. Tantas coisas - que nem sabemos bem porquê -mas aconteceram...
O pior é que eu pensava que aprendíamos. Não digo para sempre - não, já não digo. Só digo aprender um pouco melhor. E ao menos o mesmo erro não voltar a cometer.
Fazer as coisas com o nosso maior esforço, para ganhar mesmo! E não somente para despachar... :/
Dizem que o Mourinho é um arrogante. Porquê? Acho que no fundo não estamos habituados alguém a ter amor próprio quando é realmente bom naquilo que faz. Chamem-lhe o que quiserem, pois eu cá admiro-o. E sabem porquê? Porque ele é egoísta quando pensa no que deve fazer. Não está cá com cedências! Quando queremos uma coisa bem feita temos mesmo que cagar (desculpem o termo mas é mesmo assim) para o resto. Temos que nos meter de corpo inteiro naquilo! Ou então digam adeus. Porque se não for para ganhar... não vale mesmo a pena aquele tempo que ali empregamos. Aquele tempo sem sabor nem paixão...
Ou amamos e damos tudo, ou então esqueçam. Como dizia mais ou menos o outro, coisas mornas não aquecem nem arrefecem... :/
Por isso, se querem um conselho, apaixonem-se em cada instante pelo que fazem, e dêem tudo o que podem dar. O resto haverá tempo para ele, mais tarde. Ao contrário, haverá sempre o peso na consciência do que não cumprimos, e esse resto não vai saber a nada. Insonso talvez... coisa morna.

E porquê porquê porquê...
Há respostas que nunca terei. Só dúvidas nesse maldito para sempre que só acaba numa cova ou, na melhor das hipótese, num oceano imenso... Há coisas que nunca saberei. Acho que vou ter que me perdoar e aceitar as consequências. Mas é difícil!:/
Acho... E então, depois de me empenhar para ganhar esse perdão e resolver comigo essa mágoa, então sim seguir para o resto.
Então sim, seguir em frente.

12:44 28/09/2006

segunda-feira, setembro 04, 2006

Se ensinar é dar para sempre...

Todos as noites quando me deito, acredito sempre que o amanhã será melhor. Que tudo o que eu prometi hoje... a mim mesma... e não fiz... amanhã será diferente. Amanhã será possível...
Jà houve tempos em que deixei de acreditar.
Eu sei que sempre que prometo... é só mais uma desilusão que dou a mim mesma. Por isso, prometer era apenas mais uma daquelas frase que se dizem, tipo "Bom dia" e "Tudo bem?" e que não esperam resposta.
Só ilusão de rotina...
Mas o que mais me magoa nisto tudo nem é eu prometer e dar palavras ocas a mim mesma. O que mais me magoa é não conseguir sair dessa rotina, mesmo quando acho que finalmente aprendi.
Todas as vezes que bato no fundo, que me enrolo contra o chão frio, que choro perdida (ou nem choro porque já nem consigo chorar...), todas as vezes que cansada me deixo arrastar, que desepero e me enfureço e grito contra mim e quase que me apetece...! todas essas vezes eu prometo que vai ser diferente. Que amanhã não vou fazer o mesmo, porque não quero sentir tudo outra vez, Não quero!
E então acho que foi desta que aprendi!...
Mas então levanto-me, e há os "bons dias" pelo meio... e eu sei que as promessas têm muito que se lhe diga, e que o sol corre e o tempo passa. E que eu fico perdida no meio.
E então vejo que ainda não aprendi...

Eu sei, eu sei que temos que lutar todos os dias; prometer e voltar a prometer, e voltar e voltar... até nos convencermos que é uma promessa mesmo. E que as promessas são para serem cumpridas. Ou então não devemos prometer.
Eu sei.. E sei que não posso deixar de acreditar. Ainda que eu o Mundo e o Tempo andemos à paródia num jogo de estalada...
Ainda há-de vir aquele abraço... nem que no dia em que a Terra me abrace primeiro...
Eu sei que o Tempo não desiste de mim, e que me tenta ensinar todos os dias.
Quem sabe se afinal já não aprendi...
Tudo na vida precisa de ser rodado e usado para não ser esquecido, para não enferrujar... E aprender é lutar todos os dias, em cada instante. Levantarmo-nos outra e outra vez, por mais quedas que demos...
Por mais que nos pisemos a nós, é mudar as coisas e reencaixá-las.
É pintar tudo de novo outra vez.

E acredito que é nesta luta que nos construímos. E que a vida se torna mais que um mero recolher de aprendizagens que inscrevemos e praticamos...
automaticamente.

Afinal, o que seria de nós...
... se aprender fosse receber para sempre?

4.09.2006 19h (e um conjunto de instantes)

terça-feira, agosto 29, 2006

(Não tenho tempo - bolas e o Tempo! - para títulos...sorry...)

Por acaso.. ( isto do acaso tem muito que se lhe diga.. mas eu acredito piamente nele! E isso das coincidências é que dá a magia à coisa! ;) também dava pa escrever mangas e perneiras com isto! mas fica pa ota vez ;) )…
Bem, recomeçando (... é sempre tão bonito recomeçar... :) afinal... a esperança é a última coisa a morrer! E sabem porquê? Porque quando ela morre não adianta continuarmos…)…
O que eu ía dizer (mas já não vou.. vou?) é que quando estava a escrever o texto anterior (aqui no blog..) me veio à cabeça… me veio à cabeça… Ups… esqueci-me…

Bem, pronto ok, agora também tenho que ir fazer outra coisa qualquer! (que por acaso já devia ‘tar a fazer!) ;P)

(Só para dizer que teoricamente temos tempo para fazer tudo aquilo que delineamos para fazer. O problema é a que a vida é cheia de coisas, e não se limita às exigências ou às estruturações de uma lista pré-definida (ainda bem! mas sempre ainda bem?...) E, por isso, aparece sempre qualquer outra coisa pelo caminho. E depois, realmente, não sobra tempo para tudo… é a vida!... e não é fantástica? :) NÃO! )

29.06.2006 12:26

As coisas são o que Nós Sentimos que elas São...

Bem, já que não tenho (sen)tido muito tempo para escrever (a não ser umas pausas que nem devia fazer...)( o Sr.Alberto Caeiro havia de me dar na cabeça havia... :/ ), aqui fica um poema para quem andar a sentir a cabeça a latejar... É que vale sempre a pena respirar fundo... (ou só respirar)... e ver o mundo de outra perspectiva... ;)

"Sou um guardador de rebanhos.
O rebanho é os meus pensamentos
E os meus pensamentos são todos sensações.
Penso com os olhos e com os ouvidos
E com as mãos e os pés
E com o nariz e a boca.

Pensar uma flor é vê-la e cheirá-la
E comer um fruto é saber-lhe o sentido.

Por isso quando num dia de calor
Me sinto triste de gozá-lo tanto.
E me deito ao comprido na erva,
E fecho os olhos quentes,

Sinto todo o meu corpo deitado na realidade,
Sei a verdade e sou feliz
."

(do grande, complexo e desmesuradamente simples... Alberto Caeiro :) )

29.06.2006 10:29

segunda-feira, julho 24, 2006

ok, actualizo...

Do que sentes falta quando sentes falta de alguém?

terça-feira, julho 18, 2006

Não há pessoas impecáveis.

(Toda a gente já sabia, certo?)

terça-feira, julho 11, 2006

Diz a minha mãe...

Luta. E é isso mesmo!
Porque ninguém luta por nós.

19.52 11.07.2006

sexta-feira, julho 07, 2006

hey psst...

Porque raio de piiiiiiiii é que temos que viver no mundo das outras pessoas?

quinta-feira, junho 29, 2006

Do que é que sentes falta quando sentes falta?

Gelados e outros afins

Pois é. Que bom o verão. Altura em que apetece aqueles geladinhos cheios de chocolate! Os Magnum, por exemplo, para mim são os melhores. Dentro do que a Olá oferece… talvez o de amêndoas seja mesmo o melhor. Mas o de caramelo!... o caramelo é outra coisa.. ou o de morango! a melhor tentação! Mas o Corneto de nata também tem que se lhe diga. Embora seja um pouco simples.
Bem, perante isto tudo, quando chego àquele placardzito... fico sempre na dúvida – qual é que me vai saber melhor? Naquele momento, naquele instante? Sim. Qual é o melhor deles todos? Qual é aquele que, se eu fechar os olhos, me aparece no pensamento como que a dizer Sou Eu, Escolhe-me a mim. Eh pá! (esse gelado já nem tanto…lol) Eu ouvir, oiço... Agora ver… e escolher…
Fico a pensar em cada um, a ver os prós e os contras, a associar emoções e gelados, qual é o mais perfeito, etc etc. Eu bem sei… É que depois escolho e aparece-me logo aquele pensamento simpático a rondar – Devia ter escolhido o outro [sempre o outro… independentemente de qual for…], mas agora já é tarde. E pronto, lá arruíno o momento… E da próxima vez lá me ponho eu em frente ao placard, com a acumulação do medo do que aconteceu na vez anterior…
Mas é sempre assim. Pronto. E depois ponho-me a pensar que desta vez é que é – Hoje, hoje é que vai ser! Vou-me sentar naquela esplanada e vou comer um gelado! E vai-me saber mesmo bem. Afinal, ora bolas!, já andei a semana toda a adiar! Vou comer um gelado! Já está mais que na altura. Que mania de andar a adiar! Vou comer e pronto. Um gelado. O melhor!
E esta procura indefinida é que dá cabo de mim…

28.06.2006 23:28

quinta-feira, junho 22, 2006

um Nome para as coisas?

Então perguntou a si mesma Quem és tu? Tudo
quanto tinha sonhado ficou pelo chão
nUma só palavra.

Quem és
Essa que se acomete a um canto à espera? Essa carinha de anjo não engana
Ninguém.
O mundo tem demasiado com que se preocupar do que ir levantar
os que caiem pelo caminho.

Vítima. Como te tornaste em tudo aquilo que não querias ser.
E em cada grito em que
O negavas, te traías a ti própria. Com um beijo.

Não, não o conheço. Não sei quem é Esse de quem falam.
Eu não sou assim. (Não?)

Um beijo de misericórdia. Por uma lágrima de crocodilo.
A consciência a consciência… Ela canta Pobre ceifeira… Rica talvez.
Pelo que não tem.

Somos o que é consciente ou o que é inconsciente.. também?
Foi o Parvo que entrou no céu. Porquê?
Temos desculpa para o que somos? E culpa… pelo que somos?
(Ou Simplesmente ficamos num canto à espera que nos digam que
Não, não és nada má pessoa! ?...)

Mea Culpa…Mea culpa... (Palavras no vento?)

Menina perdida Quando queres tudo. Os caminhos
Tantos. Há um certo? (Há??)

Nem sabes o que ser. Só o que não queres. (Sabes?)
Mas é irónico pensar que
Quanto mais foges, mais te embrenhas no mato
Mais foges e te perdes.

E o único destino Para que corres
É o único que
Não querias.

Mas no fundo (do bosque o destino)
O único que conheces…

21.06.2006 22:59

segunda-feira, junho 19, 2006

terça-feira, junho 06, 2006

Só me apetecia... :/

Porque é que o mundo não é da cor que sonhámos para ele?
E, se é possível que seja, porque é que nos mandam à chapada a cor com que os outros o pintam?...

Onde está o Wally? (part II)

Well.. in what was I thinking?.. ya, in what was I thinking…

I guess I was thinking – and hoping… – that the world is not the shit that it seems to be.
I guess I was thinking that long time ago I must have did something wrong, and missed the way…

I was thinking that people are sometimes so unfair that it really really hurts… ‘cause it was suppose we all to be brothers and sisters, wright? Am I wrong? Am I that wrong?... Sorry… I guess I was thinking… dreaming maybe.

I think it’s time for me to wake up…

terça-feira, maio 23, 2006

Onde está o Wally?

Eu tinha uns daqueles livritos quando era mais miúda, em que tínhamos que procurar (e supostamente também encontrar…) um sujeitinho de barrete, sempre com a mesma roupa e óculos. Era um sujeito viajado, e por isso devia pensar que já conhecia muito do mundo. Talvez por isso mantivesse sempre aquela cara de parvo, como se tivesse o direito e o estatuto para não a ter que mudar. Acho que a única sorte dele era não ter que falar, pois nessa altura talvez nos apercebêssemos que, apesar de já ter dado voltas e voltas, ainda não percebia nada do modo como as coisas funcionam…

Hoje de manhã, vinha eu na minha caminhada para a rotina, aparece-me um homem emoldurado num fato, a bradar ao mundo pelo orifício de um telemóvel (:/). Não sei porquê mas acho que sentiu que tinha descoberto a pólvora… Falava da cabra de uma mãe, preta, com dois filhos pequenos encavalitados num muro de 4 metros.
Era uma daquelas mães (e pais) que vai curtir p’rá noite, fode a noite toda, e só acorda às 2 da tarde, e os putos sozinhos! E a preta, que podia ser branca, amarela, ou vermelha, ali com os miúdos ao lado, num muro de 4 metros! Era o puto chegar-se à frente e pronto. E até já tinha uns óculos de garrafão!… (blá blá).
Palavras dele.
Não sei. Houve algo que não soou… O mundo é assim tão simples, ou há algo escondido no meio?
Ai... a idade dos porquês... Ver os Livros na Rua. Talvez devessemos ainda perguntar (mas como quem quer mesmo encontrar!)… Onde está o Wally no meio disto tudo?