terça-feira, abril 26, 2011

'não sei se é sonho se realidade...'


Livre não sou, que nem a própria vida
Mo consente.
Mas a minha aguerrida
Teimosia
É quebrar dia a dia
Um grilhão da corrente.

Livre não sou, mas quero a liberdade.
Trago-a dentro de mim como um destino.
E vão lá desdizer o sonho do menino
Que se afogou e flutua
Entre nenúfares de serenidade
Depois de ter a lua!

(m.t.)


(para a s.. e para todos os que se batem com a condição. para ti também.)

1 comentário:

O SENTIDO DA VIDA disse...

VIDEO: https://youtu.be/WauwNdE1mCE?t=4m2s <- [Porto Alegre, 2012, 1º Congresso Humanista Secular do Brasil organizado pela LiHS (Liga Humanista Secular do Brasil)] O Sentido da Vida na Perspectiva Racionalista - Desidério Murcho faz uma análise racional sobre a vida eterna. Uma das palestras que mais intrigou a platéia por mostrar, com exemplos simples, que a eternidade pode não ser tão boa (ou interessante) quanto alguns fazem parecer.
Comentário a The Absurd (1971) - Thomas Nagel THE MEANING OF LIFE



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"[...] Numa recente entrevista a Anabela Mota Ribeiro [http://anabelamotaribeiro.pt/paulo-cunha-e-silva-210987], Cunha e Silva mostrava-se dececionado com certos aspectos do mundo, especialmente da cultura. “Olho com tristeza e ceticismo para a captura da política pelas finanças e da cultura pelos fundos de investimento”, dizia, sem contudo deixar de valorizar a importância de lutar por outra realidade:

“ Não sou nada. Nunca serei nada. Não posso querer ser nada. À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo” – Fernando Pessoa. Pode falar-me de alguns dos sonhos do seu mundo?

Não sei se o sonho comanda a vida ou se a vida comanda o sonho, talvez que a verdade se encontre no epicentro destas duas possibilidades. Mas não posso acreditar numa vida sem sonho, numa vida dedicada à gestão de um quotidiano determinista e causal. O sonho, mesmo que não se concretize, é o motor secreto da mudança. Um mundo sem sonho é um mundo condenado à sua previsibilidade e anomia. Sonhar é preciso, e é preciso perseguir o sonho, por mais inconcretizável que pareça.

TEXTO INTEGRAL: http://www.publico.pt/culturaipsilon/noticia/sempre-fiz-o-que-gostava-1714061