Nem rei nem lei, nem paz nem guerra,
define com perfil e ser
este fulgor baço da terra
que é Portugal a entristecer –
brilho sem luz e sem arder,
como o que o fogo-fátuo encerra.
Ninguém sabe que coisa quere.
Ninguém conhece que alma tem,
nem o que é mal nem o que é bem.
(Que ância distante perto chora?)
Tudo é incerto e derradeiro.
Tudo é disperso, nada é inteiro.
Ó Portugal, hoje és nevoeiro...
(melhor perdido no nevoeiro que
encharcado no lodo da perdição.
do nevoeiro escapa-se com cautela,
mas do lodo dificilmente escapamos
sem a garganta imersa e
a mente suja.
sejam as flores a bandeira. efémeras sim, perecíveis é um facto
mas
constantemente renováveis.)
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