(Almeida, Junho, 2009)
às vezes também me apetecia ter duas cabeças: primeiro, uma para ouvir incessantemente o mundo lá fora, processá-lo nos seus pormenores infindáveis, nas suas possibilidades (im)prováveis, sob uma perspectiva e outra, e aqueloutra até, testá-lo através de hipóteses e, sempre insatisfeita, esmiuçar os resultados. assim, o mundo chatinho e exigente cá de dentro reflectiria nas coisas à vontade e viveria sob as regras do correcto-e-do-justo. depois, descaradamente livre, teria outra para quando me fartasse da primeira - com jeitinho, punha essa de lado, deixava-a a processar o infinito, e ia gozar a vida.
2 comentários:
excelente fotografia! de facto e verdeiramente o "instante decisivo"!
:)
parece é que só conseguimos apanhar o 'instante' quando não andamos atrás dele...
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