pensar que neste tempo todo que acumulamos, que em todos estes anos que andamos por aqui tantas vezes à deriva, que nesses instantes todos que deixamos (es)correr, vazios, perdidos em horas que ficam por preencher de coisas que nos encheriam a vista, que nos dariam outro fôlego, Mas que não enchem, que não dão, porque esses instantes Passam apenas com o andar (in)finito de uns quaiquer ponteiros de um qualquer relógio.
pensar que nesse tempo, nesses anos, nesses instantes, nisso tudo junto e arremessado connosco um dia à terra, ao húmus, pensar que nunca conheceremos coisas belas, belíssimas, ou bonitas apenas, que até teríamos a oportunidade de saber se o acaso o permitisse, se as coisas tivessem etiquetas pelas quais as pudéssemos procurar. e não chegaríamos a essa terra que nos aguarda enquanto não as provássemos a todas.
pensar que essas coisas que nos encheriam a vista, e o peito, se as pudessemos ver e ouvir e saber-lhes o sabor, essas coisas que nos fariam falta se soubessemos como tudo mudaria depois de as sabermos Mas que assim não faltam e nada muda porque não as sabemos, Pensar nisso, em todos essas coisas belas que são agora ou que foram e permanecem, nessas coisas que se perdem, pensar nisso angustia. porque ficam por conhecer, ficam por tocar, ficam por sentir.
porque ficam por descobrir. e toda uma vida por mudar.
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