(foto: mifares; Barragem de Alqueva, Portugal, Dezembro 2008)
Chove.
Cai chuva. Voa até.
Corre o vento,
leva-a por baixo do guarda-chuva,
esvoaçam-nos os cabelos,
esvoaça-nos o cachecol,
tapa-se-nos a vista,
molham-se-nos as faces
as mãos,
e tudo o resto que nos pertence.
Chove,
continua a chover.
Lá fora, cá dentro.
Escorre-nos a chuva pela espinha abaixo
encharca-nos as vestes,
ensopa-nos os pés.
Enregela-nos.
Enfim, um desaire.
(ainda bem que temos memória.
para lembrarmos os beijinhos do sol de outros dias.)
2 comentários:
lindo!
mesmo!
digamos que estou num dia 'animado' ;) hoje nada me deita abaixo, nem o vento, nem mesmo a chuva! :)
Enviar um comentário