Não sei se é pelo olhar comprometido que as pessoas me deitam, ou se por algum resquício de sentido estético em mim, mas sinto que ando na fase de me vestir descombinada. Acredito que seja algo crónico recidivante, consoante o equilíbrio que tenho entre a roupa no roupeiro e na máquina de lavar. Mas também tenho a esperança que seja mais que isso. De facto, julgo começar a gostar.
(imaginar os roxos e os amarelos, os tecidos felpudos com os lisos, as riscas com o floreado, faz-me pensar que o mundo tem uma carrada de possibilidades para além das mais normais.)
E desponta em mim algum prazer em ver esses olhares atravessados. Faz-me sentir louca. Faz-me sentir na pele o que sempre senti nas entranhas.
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