quinta-feira, janeiro 13, 2011

afinal



- são rosas, meu senhor, são rosas...
- rosas em Janeiro?!

(pronto, está bem, são camélias.)



6 comentários:

Filipa Júlio disse...

é a diferença entre

http://2.bp.blogspot.com/_8vlKpgTfHNA/Sfdo-GJAwEI/AAAAAAAAAuI/X0Ka5wcMvUo/s400/rainha-santa-isabel2.jpg

e

http://media.adorocinema.com/media/film/images/1073/1244858573_damadascamelias01.jpg


coisa pouca.

(di·ós·pi·ro) disse...

VIDEO: https://youtu.be/dZWXou8HTBw?t=50s <- "[...] In 1647 Sakaida Kizaemon was credited
with introducing the overglaze enameling
technique to the Arita porcelain kilns, making
advanced porcelain production possible and
starting the potting dynasty. He was thought to
have learnt the secrets to overglaze enameling on
porcelain from a Chinese specialist in adjacent
Nagasaki. This success earned him the name
Sakaida Kakiemon I - which derived from kaki or
persimmon after the orangey-red colour
of the
most important overglaze enamel. [...]"

("Paiéce", diz o menino.) disse...

VIDEO: https://youtu.be/7EiUZ59ZRIY?list=PL0LQM0SAx601_99m2E2NPsm62pKoSCnV5&t=5m43s <- contemporary pieces that speak to the ancient objects…

(Residual, Diogo Pimentão( disse...

"(...) A ilusão não está na obra, está em nós. Não somos enganados – enganamo-nos. Afinal, esta é também uma arte do desaparecimento, em que a fragilidade é um facto do próprio trabalho, a manifestação de uma prática, da experiência que produziu a obra e que nós, enquanto espectadores, somos chamados a reproduzir.

O tom é doce, mas a mensagem inequívoca: “Não há ilusão”, diz Diogo Pimentão, “não são anjos, não há representação. Há um gesto muito simples de busca pela manifestação de um material chamado grafite.”

(...)

Mas, antes de mais, na maioria dos casos, trata-se de cobrir a totalidade da superfície da folha, levar o branco por inteiro ao negro. Assim, é a própria grafite que é usada como desenho - “É ela que altera, constrói e forma a realidade. O material representa-se a si próprio: é auto-representação.”

Sem rodeios: ver metal onde ele não existe é ignorância. A ignorância cega, envolve o olhar num manto de equívocos, é a matéria de que nascem distorções, deformações e quimeras. Mas nem por isso os factos deixam de existir para lá do véu de enganos. Ou, como ele diz: “As pessoas é que não sabem o que é a grafite. Mas, se se olhar para a ponta de um lápis, está lá o meu trabalho.”

Dá-se apenas o caso de as questões ligadas ao metal não se afastarem completamente das questões ligadas à grafite - afinal, a grafite também é um mineral. Um mineral que o homem começou a usar antes ainda do ferro e que até tarde confundiu com este. (...)"

ARTIGO INTEGRAL: https://www.publico.pt/2015/02/13/culturaipsilon/noticia/vazio-com-todas-as-formas-dentro-1685770

(sobre as periferias. Os subúrbios. Os arredores. “Cidades sem nome”) disse...

"[...] Deu a palavra a muitas das pessoas que visitou ou com quem conviveu, mas nunca foi condescendente. Ela parece saber que “as coisas” e “os factos” não falam por si próprios. E que a palavra das pessoas, mesmo sendo genuína, mesmo sendo verdade, não é toda a verdade. Não estou a insinuar, generalizando, que as pessoas mentem. Podem mentir, claro, mas esse não é o ponto. O que as pessoas sentem e dizem, se for genuíno, é sempre verdade. Mas apenas uma verdade. Um ponto de vista. Uma versão. Como uma carta. Como uma fotografia. Apenas uma parte da verdade. [...]"

TEXTO INTEGRAL: http://o-jacaranda.blogspot.pt/2008/11/cidades-sem-nome.html

"[...] A “invisibilidade” [...] pode envolver uma componente física, claro, mas pode também ser de ordem económica, social e cultural. [...]" disse...

"[...] diz Luís Santiago Baptista, “mas são também espaços de ficção e de autoficção. As narrativas que sugerem, por mais informação que tenhamos, são sempre uma construção pessoal”. Assim como as reflexões que motivam.
[...]
“inacessíveis ou inapreensíveis”, mas fazendo parte de uma memória colectiva, mesmo que nalguns casos só indirectamente e com rasto difuso, quase apagado.

Além de convocar vários tipos de invisibilidade, o percurso fez a ponte com o cinema e as artes, tudo porque cada um dos sítios visitados carrega narrativas múltiplas, umas factuais, com datas e protagonistas, outras imaginadas, mas nem por isso menos verdadeiras. Foi nesse movimento de associar o real, o que se pode ver e experimentar, ao ficcionado, ao construído, [...]"

ARTIGO INTEGRAL: https://www.publico.pt/2017/01/14/culturaipsilon/noticia/lugares-em-estado-latente-1757758