terça-feira, julho 08, 2008

24

Se pensar de dentro, de dentro das coisas, das coisas como eu Parece-me que a minha vida se passou num dia.

Não sei, mas da infância tenho algumas lembranças semelhantes ao raiar de uma luz, ao nascer dos sonhos.

Da adolescência um sol a pique de se ficar encandeado e pensar que se vê tudo E afinal não se vê é nada.

Da adultez nem tenho memórias, que isto o tempo corre e exige E acabamos por, nas mudanças, perder pedaços que não voltamos a recuperar.

De agora (será velhice?) é um cansaço das coisas, Querer o tempo e saber que se extingue e que não volta.

A noite vai escura e parece-me que não há a luz no fundo do túnel, que ainda faltam umas 7 horas para o novo dia, e eu nem sei se depois de dormir volto a acordar.

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