Estava para aqui à seca a pensar. Quer dizer, não estava a pensar (mas estava à seca...) – estava a reler, e de repente apareceu-me. Porque raio se diz ser-humano e não se diz ser-jacaré, ser-macaco ou ser-galinha????! Porque raio temos nós que ter essa particular partícula de 3 letrinhas apenas antes dessa nossa designação específica?? Hem?
Isto faz-me pensar que talvez (só talvez!) nós achemos que somos mais – e melhores! - que os outros. E, com “os outros” refiro-me a todos esses infindáveis outros seres e não-seres que percorrem esta terra, esta galáxia e este universo, independentemente de já terem sido ou não catalogados por nós! (:/)
Só existe uma excepção para esta regra (tinha que haver não é...): os ditos alienígenas. E digo alienígenas porque, no fundo, extra-terrestres é tudo aquilo que está fora do Planeta Terra (Ou não??). Alienígenas tem assim um ar mais assustador... Aliás, é disso mesmo que falo: as únicas criaturas que metemos como mais inteligentes e “acima-de-nós” são esses alienígenas que andam aí pela Galáxia (e sabe-se lá que mais...). Nomeadamente aqueles com antenas, pele verde (espero que não seja nenhuma subtileza a respeito do Sporting!), e não sei quantos olhos.
Peço desculpa, vou ter que reformular. Nos últimos tempos alienígenas são aquelas coisas parecidíssimas com humanos, mas com uma baba envolta, uns dentes de cortar a respiração (e não só!), uma pele no mínimo estranha e uns crânios a abarrotar! Pronto. E isto para continuar a ideia de que têm que ter no mínimo uma aparência assustadora (desculpem lá mas o E.T. também assustava!).
Sim, aparência assustadora. Talvez porque não os conhecemos, porque nunca os vimos, não sabemos como são ou mesmo se existem, nem quais são as suas intenções. E o desconhecido é sempre mais assustador e maior que tudo...
É que até o temor a Deus passou de moda! Já ninguém tem medo dessa entidade (Para os susceptíveis, perdoem-me o “dessa”...). E porquê? Talvez porque Deus não é nada desconhecido – “toda” a gente conhece Deus! – é isto e aquilo e gosta disto e não do resto! Talvez porque Deus é o que nós queremos que ele seja. Só que não me parece que os alienígenas fujam assim tanto a esta regra. Afinal, eles também só incorporam os nossos medos... e o nosso receio que haja alguém mais inteligente do que nós. Que, no fundo, nós não sejamos assim a obra-prima da natureza! Bah... E o problema, é que ao contrário do que temos como certo em Deus, ele podem não vir propriamente para nos salvar...
E aproveito já para dizer que os alienígenas não podem – não podem! – ser ínfimos bichinhos minúsculos e inócuos! Não! Têm que ser excessivamente hidratados (Ou Simplesmente, pantanosos!), ter uns dedos do tamanho de varas, com umas unhas que não são cortadas há séculos – até porque eles vivem séculos! –, não ter pêlos (nisto até dava jeito ser alienígena...), escanzelados e gigantes (Ou Simplesmente, maiores que nós!)! Ah, e ter umas armas que só podiam mesmo ser – adivinhe-se! – humanas. Ou seja, que disparam lasers (deve ser a nossa tecnologia mais avançada...). E ah! Que destruam a Terra em pedaços, como se não lhe tivessem nenhuma espécie de afeição. Eh pá! Afinal, até parece (só parece...) que nos parecemos!
E acho que é disto que temos medo – daquilo que no fundo podemos ser-nós.
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