faz-se uma coisa há coisa de cinco anos. recebe-se um punhado de números e letras para agora e para também mais tarde recordar. pedem-se-nos as preferências para referência, aquelas que mudam com as modas e os cortes de cabelo, aquelas que mudam com a idade e com as medidas de tempo. pedem-se-nos as preferências e ficam, os punhados e as preferências, juntinhos. usa-se esse punhado de números e letras um punhado de vezes para fazer certas e determinadas coisas. certo, certíssimo. deixa-se de usar esse punhado de números e letras um punhado de vezes porque se deixaram de fazer certas e determinadas coisas. correctíssimo. passam-se cinco anos. há novas certas e determinadas coisas para fazer. há o punhado de números e letras para reutilizar. mas quem raio se lembra do punhado de números e letras? ou sequer de onde se o guardou? tudo bem, má memória. certo, certíssimo. má organização dos dados pessoais. correctíssimo. há a opção de recuperação. oba. vamos lá recuperar o alfanumérico então. insira a sua música preferida de há 5 anos. como? i said insira a sua música preferida da altura.
([suspiro]. não sei se percebo as pessoas. mas, definitivamente, acho que elas não percebem o carácter volátil da memória, o carácter efémero da preferência, nem muito menos o carácter eterno da mudança.)
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