abrem-lhe a porta. o rapaz prepara-se, respira, conta ritmadamente. e, vum, salta do avião. deixa-se cair umas centenas de metros e depois, só depois, puxa o fio. instantaneamente, o pára-quedas abre. na concavidade, arrecada o ar que o sustêm. o rapaz desaba, suavemente, e é tranquilo que pisa o solo. 'a mente é como um pára-quedas, só faz efeito quando aberta'. sejamos fléxiveis, que os rigídos não sobrevivem à mudança. tenhamos flexibilidade, flexibilidade ao rubro!, e acomodaremos a adversidade. sobreviveremos a ela.
o rapaz salta. tem um pára-quedas fléxivel, fléxivel ao rubro!, adapta-se às circuntâncias, molda-se. é o último grito! o rapaz puxa o fio e - surpresa! - logo se estende uma superfície plana, sem côncavos nem convexos. pleanamente fléxivel. o vento dá-lhe na face, veloz. dá-lhe na superfície também. e - surpresa! - inverte o ângulo. cai o rapaz que nem pedra.
(mas quão aberto deve ser o nosso pára-quedas?)
11 comentários:
Hmm, isto lembra-me qualquer coisa...
e viva os desportos radicais! : )
lembra-te a tua 'queda', é J.? :P
(estás a ver, ainda bem que o teu pára-quedas manteve alguma solidez na identidade. ;) )
éfe-jota:))) VIVA!
(mas não tão radicais quanto isso que não permitam uma próxima. ;) )
explica aí o título!
essas influências têm de ser bem utilizadas! :p
mi-fá ;P
vou deixar a interpretação ao teu critério. lembras-te das peças abstractas? é mais ou menos como isso: podes ver lá o que quiseres, mesmo o que não está lá! ;)
ah, esqueci-me de escrever: ENA! o teu primeiro comentário!!! :P
Para tua informação...
O 3º comentário...
O 1º não anónimo...
Já te disse que me menosprezas...
:p
mi-fá au plural:
aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaah
pois é! a definição da identidade é de facto um 'desporto' tramado. e que pode dar azo a muito confusão! ;P
(já. muitas vezes. :P mas isso não faz disso verdade. :) )
"[...] Tinha espelhos nas paredes
Mas eu não me reflectia nelas,
Elas é que se reflectiam em mim [...]"
Menina do Buraco (esperemos que sejas o espelho, também...) :) : penso que isto de se "ser" ou "vir sendo" é uma troca entre o que reflectimos e o que se reflecte em nós. mas não há grandezas numéricas estanques associadas às variáveis incógnitas... por isso talvez é que podemos vir a ser tanta coisa... :* (sair de vez em quando do buraco só permite novas trocas... :)* )
Cuidado a sair do buraco. Se não fôr no momento certo, podes não conseguir controlar a tua mente perversa nas entrelinhas.
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