quarta-feira, janeiro 02, 2008

Receita para 2008

(escrevi este texto há uns aninhos, mas achei que era uma boa mensagem de Ano Novo, em jeito de mensagem de Natal do Primeiro-Ministro, ainda que sem Armani nem nariz de Pinóquio…).

Numa época que chamamos de crise, muitas vezes deparamo-nos com a facilidade de apontar o dedo e dizer Não fizeste isto, Não fizeste aquilo. Sempre o que o outro não fez e devia ter feito. E encontramos nessa expiação da culpa alguma libertação do próprio peso (in)consciente que carregamos também. [aqui está o clichêzinho sempre actual… e agora o complemento:]. Porque isso de andarmos mal não É (só) culpa do Governo! – cada um deve governar-se também [o “bom” do trocadilho…]. E já que (des)culpas há muitas, preocupemo-nos também em achar soluções… cada um de nós.
Foi nesta procura que me deparei com indícios de soluções do dia-a-dia nas palavras de um “médico” de que urge Portugal [mas este não é um médico qualquer… é um médico sábio!] – um que receita sopinha quente em vez do medicamento mata-bicho. Conta-nos então Cândido Ferreira (25 Agosto 2005, Campeão das Províncias) um episódio acerca de uma família que a ele recorreu. E como me parece que essa família somos todos nós [Portugueses sobretudo…], atentemos no que nos diz a receita:
“Foi então que fui cravado para uma nova consulta: ‘O Sr. Dr. que é político é que nos podia aconselhar [sem comentários…]
, o que é que a nossa família pode fazer para melhor resistir à crise?’ (…) Manifestando o casal sábia intenção em educar a prole e garantir património, recordo os três remédios que, improvisado ‘médico de família’, entendi prescrever a esses meus doentes:
1º: produzam mais e melhor que os outros;
2º: não guardem para amanhã o que podem fazer hoje; e
3º: não gastem hoje o que não sabem se ganham amanhã.
É que a Europa não é tão burra quanto parece e, qualquer dia, anda por aí a pedir os juros de tanto disparate.”


(Bons conselhos não? Então mãos à obra! ;) )

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