segunda-feira, outubro 01, 2007

A verdadeira decadência humana

Não sei se hei-de começar pelas provas que nunca são exactas, se pelas lágrimas dos arguidos ou pelas crenças do povinho.

Não sei se hei-de invocar uma Joana sorridente e estraçalhada, se uma Maddie desaparecida por culpados a decapitar…

Nem sei se a minha intuição vale de algo, ou se é apenas uma esperança de que este mundo não seja a merda que tenho medo que seja.
Não sei se me assuste com o que as pessoas fazem, se com o que elas julgam ser possível fazer.
Não sei se ainda há escrúpulos neste mundo, ou se decisões mais simples a tomar.
Não sei se há muitos Johnnies Truelove por aí, ou se eu sou apenas o puto de 15 anos que nem fugiu dos carrascos e acreditou que as mordaças eram postas por quem não lhe faria “nunca nunca nunca” mal algum…

Talvez o destino um dia me leve para um beco e me rasgue como papel cor-de rosa.
Talvez eu pense que as manchas encarniçadas são apenas beijinhos estonteantes, já que a minha cabeça está tonta…
…e o carrasco impiedoso. - Talvez me aperceba tarde de mais. Mas pergunto-me se o destino demoraria mais tempo a chegar se eu começasse a acreditar que este mundo não tem salvação?

Setembro 2007

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