Perdi o jeito. Olha!, olha para a cova da minha mão! Já não dá para semear, perdi o jeito... E agora? Quem fico eu?? quem sou já Eu?
Sempre me conheci Semeador! Não sei viver de outro modo. E, agora,
sentado nesta cadeira... já não sei quem sou.
Perdi o jeito para ser.
Como é possível que me perdoes?? Eu, a mim!, que sempre te persegui, que sempre te encarcerei, que sempre te diminuí! Como é possível que sejas maior de tudo o que eu sonhei para ti?
Como é possível que me perdoes?...
Não, já não sei viver. Perdi o jeito. Para mim, o mundo sempre foi um só. E dois lados – o Bom e o Mau.
Como é possível que Eu me perca no meio, e que tu não encaixes em nenhum...
"The range of what we think and do is limited by what we fail to notice. And because we fail to notice that we fail to notice there is little we can do to change until we notice how failing to notice shapes our thoughts and deeds." (Ronald D. Laing)
quarta-feira, julho 27, 2005
Nós e Os-outros-que-não-sabemos-quem-são-mas que-temos-medo-que-sejam
Estava para aqui à seca a pensar. Quer dizer, não estava a pensar (mas estava à seca...) – estava a reler, e de repente apareceu-me. Porque raio se diz ser-humano e não se diz ser-jacaré, ser-macaco ou ser-galinha????! Porque raio temos nós que ter essa particular partícula de 3 letrinhas apenas antes dessa nossa designação específica?? Hem?
Isto faz-me pensar que talvez (só talvez!) nós achemos que somos mais – e melhores! - que os outros. E, com “os outros” refiro-me a todos esses infindáveis outros seres e não-seres que percorrem esta terra, esta galáxia e este universo, independentemente de já terem sido ou não catalogados por nós! (:/)
Só existe uma excepção para esta regra (tinha que haver não é...): os ditos alienígenas. E digo alienígenas porque, no fundo, extra-terrestres é tudo aquilo que está fora do Planeta Terra (Ou não??). Alienígenas tem assim um ar mais assustador... Aliás, é disso mesmo que falo: as únicas criaturas que metemos como mais inteligentes e “acima-de-nós” são esses alienígenas que andam aí pela Galáxia (e sabe-se lá que mais...). Nomeadamente aqueles com antenas, pele verde (espero que não seja nenhuma subtileza a respeito do Sporting!), e não sei quantos olhos.
Peço desculpa, vou ter que reformular. Nos últimos tempos alienígenas são aquelas coisas parecidíssimas com humanos, mas com uma baba envolta, uns dentes de cortar a respiração (e não só!), uma pele no mínimo estranha e uns crânios a abarrotar! Pronto. E isto para continuar a ideia de que têm que ter no mínimo uma aparência assustadora (desculpem lá mas o E.T. também assustava!).
Sim, aparência assustadora. Talvez porque não os conhecemos, porque nunca os vimos, não sabemos como são ou mesmo se existem, nem quais são as suas intenções. E o desconhecido é sempre mais assustador e maior que tudo...
É que até o temor a Deus passou de moda! Já ninguém tem medo dessa entidade (Para os susceptíveis, perdoem-me o “dessa”...). E porquê? Talvez porque Deus não é nada desconhecido – “toda” a gente conhece Deus! – é isto e aquilo e gosta disto e não do resto! Talvez porque Deus é o que nós queremos que ele seja. Só que não me parece que os alienígenas fujam assim tanto a esta regra. Afinal, eles também só incorporam os nossos medos... e o nosso receio que haja alguém mais inteligente do que nós. Que, no fundo, nós não sejamos assim a obra-prima da natureza! Bah... E o problema, é que ao contrário do que temos como certo em Deus, ele podem não vir propriamente para nos salvar...
E aproveito já para dizer que os alienígenas não podem – não podem! – ser ínfimos bichinhos minúsculos e inócuos! Não! Têm que ser excessivamente hidratados (Ou Simplesmente, pantanosos!), ter uns dedos do tamanho de varas, com umas unhas que não são cortadas há séculos – até porque eles vivem séculos! –, não ter pêlos (nisto até dava jeito ser alienígena...), escanzelados e gigantes (Ou Simplesmente, maiores que nós!)! Ah, e ter umas armas que só podiam mesmo ser – adivinhe-se! – humanas. Ou seja, que disparam lasers (deve ser a nossa tecnologia mais avançada...). E ah! Que destruam a Terra em pedaços, como se não lhe tivessem nenhuma espécie de afeição. Eh pá! Afinal, até parece (só parece...) que nos parecemos!
E acho que é disto que temos medo – daquilo que no fundo podemos ser-nós.
Isto faz-me pensar que talvez (só talvez!) nós achemos que somos mais – e melhores! - que os outros. E, com “os outros” refiro-me a todos esses infindáveis outros seres e não-seres que percorrem esta terra, esta galáxia e este universo, independentemente de já terem sido ou não catalogados por nós! (:/)
Só existe uma excepção para esta regra (tinha que haver não é...): os ditos alienígenas. E digo alienígenas porque, no fundo, extra-terrestres é tudo aquilo que está fora do Planeta Terra (Ou não??). Alienígenas tem assim um ar mais assustador... Aliás, é disso mesmo que falo: as únicas criaturas que metemos como mais inteligentes e “acima-de-nós” são esses alienígenas que andam aí pela Galáxia (e sabe-se lá que mais...). Nomeadamente aqueles com antenas, pele verde (espero que não seja nenhuma subtileza a respeito do Sporting!), e não sei quantos olhos.
Peço desculpa, vou ter que reformular. Nos últimos tempos alienígenas são aquelas coisas parecidíssimas com humanos, mas com uma baba envolta, uns dentes de cortar a respiração (e não só!), uma pele no mínimo estranha e uns crânios a abarrotar! Pronto. E isto para continuar a ideia de que têm que ter no mínimo uma aparência assustadora (desculpem lá mas o E.T. também assustava!).
Sim, aparência assustadora. Talvez porque não os conhecemos, porque nunca os vimos, não sabemos como são ou mesmo se existem, nem quais são as suas intenções. E o desconhecido é sempre mais assustador e maior que tudo...
É que até o temor a Deus passou de moda! Já ninguém tem medo dessa entidade (Para os susceptíveis, perdoem-me o “dessa”...). E porquê? Talvez porque Deus não é nada desconhecido – “toda” a gente conhece Deus! – é isto e aquilo e gosta disto e não do resto! Talvez porque Deus é o que nós queremos que ele seja. Só que não me parece que os alienígenas fujam assim tanto a esta regra. Afinal, eles também só incorporam os nossos medos... e o nosso receio que haja alguém mais inteligente do que nós. Que, no fundo, nós não sejamos assim a obra-prima da natureza! Bah... E o problema, é que ao contrário do que temos como certo em Deus, ele podem não vir propriamente para nos salvar...
E aproveito já para dizer que os alienígenas não podem – não podem! – ser ínfimos bichinhos minúsculos e inócuos! Não! Têm que ser excessivamente hidratados (Ou Simplesmente, pantanosos!), ter uns dedos do tamanho de varas, com umas unhas que não são cortadas há séculos – até porque eles vivem séculos! –, não ter pêlos (nisto até dava jeito ser alienígena...), escanzelados e gigantes (Ou Simplesmente, maiores que nós!)! Ah, e ter umas armas que só podiam mesmo ser – adivinhe-se! – humanas. Ou seja, que disparam lasers (deve ser a nossa tecnologia mais avançada...). E ah! Que destruam a Terra em pedaços, como se não lhe tivessem nenhuma espécie de afeição. Eh pá! Afinal, até parece (só parece...) que nos parecemos!
E acho que é disto que temos medo – daquilo que no fundo podemos ser-nós.
terça-feira, julho 26, 2005
Mediocridades. Ou simplesmente...
Ora canecóides. Neste momento os músculos descansam! Sentada neste maldito banco de comboio, ainda para mais a ver a vida a ficar para trás (Ou Simplesmente, a andar de costas voltadas...), revolve-me no estômago a ninharia do almoço ao qual tive que me sujeitar perante os olhares indiscretos do meu “vizinho de carteira” – sandes dura de bife e alface à La Rosa (tão grande que é necessário primeiro comer a parte de cima e só depois a parte de baixo, de forma a caber na cavidade bocal...). De sobremesa, laranja descascada à unha e dedo (!). Poix... imagine-se o espectáculo... até porque ainda não percebi como funciona a torneira destes WC’s inter-citadinos... :/ Porque é que as coisas não têm instruções! (entenda-se: algo suficientemente visível para os mais distraídos e compreensível até para os mais, digamos, “in-aprendizes”)
Isto, claro!, depois de uma correria doida até à estação. Sim, porque eu e os horários nunca nos demos muito bem. O problema é que os encaro como uma ameaça persistente à minha liberdade. Ah poix!
Com a mala de 20 Kg às costas (uma rapariga tem que poder escolher...), esfalfei-me pela calçada acima e pela calçada a baixo. E corri que nem uma doida! Tão doida que, às tantas, já era eu própria a rir-me da minha figura... Sejamos sinceros: adoro correr mas, há momentos para tudo (! Isto do tempo é assim mesmo...). Mas pronto, corri e esse é o facto. Esperneei, exalei, suei, corei, ri,...corri! Cheguei à estação, e... ainda tinha 4 minutos (isto de adiantar relógios, Ou Simplesmente, de nunca saber que horas são ao certo!, às vezes até dá jeito ;) ). Mas no meio disto tudo, o que eu não tinha mesmo nada era bom aspecto (nem etecéteras!). Convém esclarecer (se ainda não expliquei bem nos parêntesis que faço ;P) que suava por todos os ínfimos porozinhos, brilhava que nem um lustro, pingava por todos os lados, e devia cheirar – pior que a cavalo – a ser humano que acaba de correr durante 5 minutos uma distância percepcionada como infindável, numas torrenciais 15.45 horas de verão, com uma tonelada (Ou Simplesmente, os tais 20 kg...) às costas! Imagine-se então...(sim, quero esclarecer isto bem! Afinal isto é para contar mediocridades ou não?!)
Claro que isto tudo tem um propósito (sim, tem...). É que cheguei ao ponto, entre o desespero, a necessidade, e a imensidão de algum (?..) embaraço, de me questionar (suavemente...) se deveria andar simplesmente – o mais rápido possível! – (Ou Simplesmente, NÃO fazer figuras!) ou correr... A única coisa que me surgia na cabeça (para além de estar atrasadíssima para o comboio!) era EU vista de fora. E então ria... (e isso é que é pena. Mas será? A resposta está nas razões por que rimos de nós próprios...).
Mas então pensei: “Olha, que se lixe! Mais vale esfolar-me toda e morrer depois sabendo que dei o máximo, do que relaxar, perder o comboio (!) e viver com o remorso depois” (got it? ;) ). E penso que isto é o que se deve levar na Mala de Viagem – que afinal nem precisa dos 20 kg, só mesmo de vivências essenciais! ;) – que quem não arrisca não petisca, e que a única coisa que nos arrependemos na vida foi aquilo que não tentámos, aquilo que não vivemos – o resto ficou feito e sabemos no que deu. O problema é mesmo quando não sabemos se, esforçando-nos só mais um pouquinho!, apanharíamos o comboio ou não...
Isto, claro!, depois de uma correria doida até à estação. Sim, porque eu e os horários nunca nos demos muito bem. O problema é que os encaro como uma ameaça persistente à minha liberdade. Ah poix!
Com a mala de 20 Kg às costas (uma rapariga tem que poder escolher...), esfalfei-me pela calçada acima e pela calçada a baixo. E corri que nem uma doida! Tão doida que, às tantas, já era eu própria a rir-me da minha figura... Sejamos sinceros: adoro correr mas, há momentos para tudo (! Isto do tempo é assim mesmo...). Mas pronto, corri e esse é o facto. Esperneei, exalei, suei, corei, ri,...corri! Cheguei à estação, e... ainda tinha 4 minutos (isto de adiantar relógios, Ou Simplesmente, de nunca saber que horas são ao certo!, às vezes até dá jeito ;) ). Mas no meio disto tudo, o que eu não tinha mesmo nada era bom aspecto (nem etecéteras!). Convém esclarecer (se ainda não expliquei bem nos parêntesis que faço ;P) que suava por todos os ínfimos porozinhos, brilhava que nem um lustro, pingava por todos os lados, e devia cheirar – pior que a cavalo – a ser humano que acaba de correr durante 5 minutos uma distância percepcionada como infindável, numas torrenciais 15.45 horas de verão, com uma tonelada (Ou Simplesmente, os tais 20 kg...) às costas! Imagine-se então...(sim, quero esclarecer isto bem! Afinal isto é para contar mediocridades ou não?!)
Claro que isto tudo tem um propósito (sim, tem...). É que cheguei ao ponto, entre o desespero, a necessidade, e a imensidão de algum (?..) embaraço, de me questionar (suavemente...) se deveria andar simplesmente – o mais rápido possível! – (Ou Simplesmente, NÃO fazer figuras!) ou correr... A única coisa que me surgia na cabeça (para além de estar atrasadíssima para o comboio!) era EU vista de fora. E então ria... (e isso é que é pena. Mas será? A resposta está nas razões por que rimos de nós próprios...).
Mas então pensei: “Olha, que se lixe! Mais vale esfolar-me toda e morrer depois sabendo que dei o máximo, do que relaxar, perder o comboio (!) e viver com o remorso depois” (got it? ;) ). E penso que isto é o que se deve levar na Mala de Viagem – que afinal nem precisa dos 20 kg, só mesmo de vivências essenciais! ;) – que quem não arrisca não petisca, e que a única coisa que nos arrependemos na vida foi aquilo que não tentámos, aquilo que não vivemos – o resto ficou feito e sabemos no que deu. O problema é mesmo quando não sabemos se, esforçando-nos só mais um pouquinho!, apanharíamos o comboio ou não...
segunda-feira, julho 25, 2005
Somos Eu
Acontece-me às vezes ter que passar um dia em casa. Que drama! Não poder sair e correr correr correr. Não poder sair do comum e do meu espaço. Odeio não poder ver os outros. Não poder saber os seus gestos diferentes.
Há tempos tive que fazer um trabalho em que estava pressuposto lidar com várias pessoas. É incrível saber que existe tanta gente tão diferente do que conhecemos, ou que existem tantas facetas desconhecidas daquelas a que nos habituámos. Também nós somos desagradáveis, também nós dizemos não ou declinamos o que nos pedem, ou também nós ignoramos... Ainda bem que não somos sempre assim, e que não o somos para toda a agente. É incrível saber que somos tanto! Tantos e tantas. Que a nossa personalidade inclui tantos traços, e que não somos tudo ao mesmo tempo, que também somos no contexto. É incrível que isto nos apareça no mundo lá fora, quando partilhamos a vida.
É incrível saber tudo o que perdemos quando não sabemos que os Outros existem.
Há tempos tive que fazer um trabalho em que estava pressuposto lidar com várias pessoas. É incrível saber que existe tanta gente tão diferente do que conhecemos, ou que existem tantas facetas desconhecidas daquelas a que nos habituámos. Também nós somos desagradáveis, também nós dizemos não ou declinamos o que nos pedem, ou também nós ignoramos... Ainda bem que não somos sempre assim, e que não o somos para toda a agente. É incrível saber que somos tanto! Tantos e tantas. Que a nossa personalidade inclui tantos traços, e que não somos tudo ao mesmo tempo, que também somos no contexto. É incrível que isto nos apareça no mundo lá fora, quando partilhamos a vida.
É incrível saber tudo o que perdemos quando não sabemos que os Outros existem.
domingo, julho 24, 2005
Menina Destratada
Vi-te o outro dia no Parque, de perna cruzada, pele morena amarrotada pelas curvas da Estrada. Vi ainda a tua sandália de menina em tudo errada.
Sentavas no muro, enquanto o banco vermelho permanecia ausente. O cabelo era ainda o mesmo, encrespado pelas mãos que não conheço. Embalado somente pelos dedos do vento...
Todos os dias em que não preencheste os meus, eu esqueci. Mas hoje pergunto: O Que É Feito De Ti?
Ainda levas no regaço essa esperança? Ainda procuras?
Vi-te há muito tempo e imaginei-te. Não mudaste.
E hoje pergunto: Quando O Teu Tempo?
Sentavas no muro, enquanto o banco vermelho permanecia ausente. O cabelo era ainda o mesmo, encrespado pelas mãos que não conheço. Embalado somente pelos dedos do vento...
Todos os dias em que não preencheste os meus, eu esqueci. Mas hoje pergunto: O Que É Feito De Ti?
Ainda levas no regaço essa esperança? Ainda procuras?
Vi-te há muito tempo e imaginei-te. Não mudaste.
E hoje pergunto: Quando O Teu Tempo?
Espelhos
Temos tanta necessidade assim que os outros nos leiam? Nos olhos, nos gestos, nas palavras...? Precisamos tanto assim que as nossas opiniões e os nossos sentimentos sejam publicados nas conversas do quotidiano? (Ou, simplesmente, Porque fazemos Blog’s?)
Não pensei que fosse ontem, ou anteontem. Só que fosse mais depois, mais tarde, amanhã... Quando estivesse preparada. Quando tivesse Tempo.
Mas então, o mural ali estava perante mim, unwritten... Eu tinha que preencher espaços! - Falar para o mundo, que coisa bela!
Livros de folhas desfolhadas forram as castas de quem os leva consigo no peito. Há quem escreva livros, e há quem preencha espaços. Espaços invisíveis que criamos, tal como a estrada que percorremos. Espelhos onde nos vemos, e onde vemos os outros. Murais Brancos que nos unem, ou nos separam.
Os outros. Fachada erguida na nossa frente, no nosso amparo, na nossa luta. Os outros, com quem partilhamos... com quem partilhamos. Ponto. Os outros, que nos leiem e sabem quem somos. Ou não. Os outros, que nos pensam e nos falam nas ruas da existência. Os outros, que nos fazem existir, e nos amam, nos odeiam, nos sorriem, nos gritam, nos ignoram...
Os Outros...
Espelhos onde nos vemos.
Não pensei que fosse ontem, ou anteontem. Só que fosse mais depois, mais tarde, amanhã... Quando estivesse preparada. Quando tivesse Tempo.
Mas então, o mural ali estava perante mim, unwritten... Eu tinha que preencher espaços! - Falar para o mundo, que coisa bela!
Livros de folhas desfolhadas forram as castas de quem os leva consigo no peito. Há quem escreva livros, e há quem preencha espaços. Espaços invisíveis que criamos, tal como a estrada que percorremos. Espelhos onde nos vemos, e onde vemos os outros. Murais Brancos que nos unem, ou nos separam.
Os outros. Fachada erguida na nossa frente, no nosso amparo, na nossa luta. Os outros, com quem partilhamos... com quem partilhamos. Ponto. Os outros, que nos leiem e sabem quem somos. Ou não. Os outros, que nos pensam e nos falam nas ruas da existência. Os outros, que nos fazem existir, e nos amam, nos odeiam, nos sorriem, nos gritam, nos ignoram...
Os Outros...
Espelhos onde nos vemos.
Pela terceira vez... Outra vez.
Bem... às vezes temos que recomeçar outra e outra, duas vezes, as vezes que forem preciso.
Queria emendar algumas palavras mal escritas, algumas duplicações, mas... Fica para a próxima, noutra fala, noutra vez.
Queria emendar algumas palavras mal escritas, algumas duplicações, mas... Fica para a próxima, noutra fala, noutra vez.
(Re)Começar...
Vou deixar que o vento me leve e vou escrever.. escrever e reescrever nas paredes que me rodeiam, nas pessoas com quem partilho o mundo.
Recomeçar.. aqui, pela primeira vez. Como se fosse tudo novo.
Os Muros.. um nome protegido para algo depois, mais pensado. Mas pensar e pensar é contra o vento e contra o sol e contra toda a vida que se inspira num sopro primeiro.. Recomeçar.
Não vivemos sozinhos. As paredes que pintamos, são as nossas.. e as dos outros. Porque o outro lado do Muro é sempre o Muro de alguém. Porque afinal não somos livres. Somos-Com-Os-Outros. E é essa liberdade amuralhada que ansiamos aprender. Não são as grades que nos prendem.. não são os muros construidos que nos impedem.. somos tão somente.. nós! Porque o medo são muros que construímos.. nós!
Escrevo então nesta luta, nesta meinkampf ("as palavras são pedras! apenas vive o espírito que por elas passa"!), o sabor do vento na minha face.. o sol a arder baixinho.. a Lua a sorrir.
Porque somos livres.. se o quisermos ser.
Recomeçar.. aqui, pela primeira vez. Como se fosse tudo novo.
Os Muros.. um nome protegido para algo depois, mais pensado. Mas pensar e pensar é contra o vento e contra o sol e contra toda a vida que se inspira num sopro primeiro.. Recomeçar.
Não vivemos sozinhos. As paredes que pintamos, são as nossas.. e as dos outros. Porque o outro lado do Muro é sempre o Muro de alguém. Porque afinal não somos livres. Somos-Com-Os-Outros. E é essa liberdade amuralhada que ansiamos aprender. Não são as grades que nos prendem.. não são os muros construidos que nos impedem.. somos tão somente.. nós! Porque o medo são muros que construímos.. nós!
Escrevo então nesta luta, nesta meinkampf ("as palavras são pedras! apenas vive o espírito que por elas passa"!), o sabor do vento na minha face.. o sol a arder baixinho.. a Lua a sorrir.
Porque somos livres.. se o quisermos ser.
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