I
Tempo. 24 horas. 1440 minutos. 86400 segundos, fora as imprecisões. Tanto tempo, se formos a pensar que podemos demorar apenas uns quantos milisegundos a formar um pensamento. Não me perguntem porquê mas de facto não consigo arranjar tempo, no meio de tanto tempo, para escrever um post. Porquê?
(pronto. desculpa [esfarrapada] número 1 para não actualizar o blogue [quase] há séculos.)
II
Limites cognitivos, i.e. Burrice pura. Os posts escrevem-se quando pensamos em algo razoável (ou não) que queremos partilhar com os outros. Ora eu, sinceramente, nos últimos tempos sinto-me limitada cognitivamente para pensar, decentemente, no que quer que seja. E daí que ande a resistir à partilha de opiniões desconexas com os outros.
(desculpa número 2 para não actualizar o blogue há séculos. e também aquela que espero que explique este post…)
III
Ser livre para partilhar o vazio que habita a minha cabeça, e as ideias disconexas. E, a propósito do 25 de Abril, Liberdade é querer escrever um post e mandar tudo para o ar e escrever o post. Mas: Eu sou, supostamente, uma menina adulta e responsável (sou? hm). Não posso, sem-mais-nem-menos, deitar tudo para o ar e escrever o post (não?). Não. Raios. Pelo que me parece, a liberdade é uma função exclusiva. Isto é, ou temos a liberdade, ou temos o resto. Não podemos é ter ambos. E, visto que este mundo nos exige, a partir de uma certa idadezinha (não me perguntem é qual), umas quantas responsabilidades – que serão, infelizmente, quase a totalidade do resto – o que acontece à liberdade é triste: empurrada borda fora. Que raio de liberdade é esta que quer tudo e não nos deixa ser livres para ter o resto também? Nestes termos, a liberdade torna-se inconsistente e, por isso, uma tanga. Logo, não tenho liberdade, principalmente para escrever acerca do vazio que habita a minha cabeça, e das ideias disconexas que o tentam - impossivelmente - conectar.
(desculpa número 3, e a mais [des]idealista, para não actualizar o blogue há séculos.)
p.s.: Estou com medo, confesso. Aconteceu-me o mesmo com o Diário: de um momento para o outro pensei Já não tenho paciência para isto. E encerrei o caderno. Ou isso, ou estou numa Fase (uuuuuui!): a porcelana está a precisar de uns reparos, de uns reforçozinhos aqui e ali (fragilzinha, hem?… ui ui!). A precisar de tempo. E voltamos ao ciclo das desculpas.
8 comentários:
Solução: Fazes como eu e actualizas quando te dá na pinha. Não tens de andar a fazer posts só porque está "alguém" à espera.
Pois não, é certo. Mas... e se esse alguém.. for eu?
ou eu?
bem, se fores tu, Filipa, aí não há preocupação!
:P
Se esse alguém fores tu e quiseres mesmo fazer um post, então não arranjas desculpas. Porque não vão ser necessárias.
Diria que valia aqui relembrar aquela frase popular: 'quem quer arranja tempo, quem não quer arranja desculpas'.
Não sei se se aplica aqui mas fica a ideia!
Chefe, e João:
com a cara enrrubescida - como já é habitual quando me envergonho... - admito que, sim, têm razão.
eu, como sou uma desorganizada (soa a desculpa também...), tenho mais cabeça para arranjar desculpas que tempo (afinal, é tão mais fácil arranjar desculpas para os problemas que simplesmente resolvê-los :/ ). e pronto.
:S
* enrubescida, peço desculpa (sou como tu, João, gosto de carregar nos RRRRR's! ;P )
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