Eu tinha uns daqueles livritos quando era mais miúda, em que tínhamos que procurar (e supostamente também encontrar…) um sujeitinho de barrete, sempre com a mesma roupa e óculos. Era um sujeito viajado, e por isso devia pensar que já conhecia muito do mundo. Talvez por isso mantivesse sempre aquela cara de parvo, como se tivesse o direito e o estatuto para não a ter que mudar. Acho que a única sorte dele era não ter que falar, pois nessa altura talvez nos apercebêssemos que, apesar de já ter dado voltas e voltas, ainda não percebia nada do modo como as coisas funcionam…
Hoje de manhã, vinha eu na minha caminhada para a rotina, aparece-me um homem emoldurado num fato, a bradar ao mundo pelo orifício de um telemóvel (:/). Não sei porquê mas acho que sentiu que tinha descoberto a pólvora… Falava da cabra de uma mãe, preta, com dois filhos pequenos encavalitados num muro de 4 metros.
Era uma daquelas mães (e pais) que vai curtir p’rá noite, fode a noite toda, e só acorda às 2 da tarde, e os putos sozinhos! E a preta, que podia ser branca, amarela, ou vermelha, ali com os miúdos ao lado, num muro de 4 metros! Era o puto chegar-se à frente e pronto. E até já tinha uns óculos de garrafão!… (blá blá).
Palavras dele.
Não sei. Houve algo que não soou… O mundo é assim tão simples, ou há algo escondido no meio?
Ai... a idade dos porquês... Ver os Livros na Rua. Talvez devessemos ainda perguntar (mas como quem quer mesmo encontrar!)… Onde está o Wally no meio disto tudo?